
Entre as alternativas, a Cesa está disponibilizando a capacidade de 300 mil toneladas aos produtores, moinhos, cerealistas e à Conab – Foto: Fernando Dias/Seapa
Após a apresentação de instrumentos de apoio à comercialização do trigo por parte dos governos Federal e Estadual durante a Fenatrigo, realizada no final de setembro em Cruz Alta, novas estratégias foram debatidas durante a reunião da Câmara Setorial do Trigo, nesta terça-feira (7), na sede da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, em Porto Alegre.
Entre as principais reivindicações do setor está a possibilidade de inclusão de 50 mil toneladas do trigo gaúcho no leilão de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro), que será realizado pela Conab, em 21 de outubro. Por definição do Ministério da Agricultura, os primeiros leilões do mês foram destinados ao trigo paranaense. Já o Rio Grande do Sul participa apenas do leilão agendado para o dia 28, com 100 mil toneladas.
Conforme o secretário da Agricultura, Claudio Fioreze, a solicitação será pleiteada em regime de urgência junto ao Mapa, uma vez que o Estado precisa acompanhar o Paraná nos leilões e acessar os mercados do Norte e Nordeste com a maior agilidade possível. Além disso, também deve ser sugerido que, no mês de novembro, a ordem dos estados contemplados nos leilões seja invertida, favorecendo assim o RS e, posteriormente, o Paraná.
Já o secretário adjunto da Agricultura e coordenador da Câmara do Trigo, Aureo Mesquita, informou a possibilidade de destinar 200 mil toneladas de capacidade de armazenagem da Companhia Estadual de Silos e Armazéns para as operações de Aquisição do Governo Federal (AGF), também realizadas através de leilões pela Conab.
Na ocasião, o presidente da Cesa, Marcio Pilger, ressaltou que a companhia ainda pode disponibilizar 100 mil toneladas diretamente para os produtores e moinhos gaúchos. Para tanto, uma lista com a quantidade disponível por unidade será encaminhada em breve ao setor. Na safra passada a Cesa já foi alternativa para os produtores e armazenou 192 mil/ton.
Portanto, entre os instrumentos de apoio à cadeia produtiva, além da possibilidade de comercialização através dos leilões federais, o Estado está proporcionando a estocagem de 300 mil toneladas de trigo pela Cesa e, através do Banrisul, serão disponibilizados R$ 250 milhões para a compra de trigo pela indústria, por meio do Financiamento de Garantia de Preços ao Produtor (FGPP).
Participaram da reunião o coordenador geral das Câmaras Setoriais da Agricultura, Carlos Barbieri, o presidente do Sinditrigo RS, José Antoniazzi, o diretor executivo da Associação das Empresas Cerealistas do RS (Acergs), Claudio Azevedo, além de representantes de produtores, cooperativas, cerealistas e moinhos gaúchos.