18 mil propriedades vão ser assistidas em investimento superior a R$ 80 milhões de reais ao setor leiteiro.
Promover a ascensão social de produtores de leite em cinco estados brasileiros das classes D e E para a C é o principal objetivo do programa Leite Saudável, lançado nessa terça-feira (29), pela ministra da Agricultura Katia Abreu, na sede da Embrapa em Brasília. O termo de cooperação entre o ministério e o RS foi assinado pelo secretário da agricultura, pecuária e irrigação, Ernani Polo, que esteve representando o governador José Ivo Sartori. Só no Rio Grande do Sul serão investidos mais de 80 milhões de reais em um conjunto de ações que buscam aumentar a renda dos produtores, assim como melhorar a qualidade, a produtividade e a sanidade do leite, além de ampliar o mercado tanto interno quanto externo.
O programa, que é uma parceria com o Sebrae, é dividido em sete eixos: assistência técnica gerencial, melhoramento genético, política agrícola, sanidade animal, qualidade do leite, marco regulatório e ampliação de mercado. Vão ser oferecidos cursos técnicos e de gestão, que visam melhorar a produtividade, ampliando a renda do produtor. Está prevista também a criação, junto com a Embrapa, de sistema de inteligência para gerenciamento de dados da qualidade do leite. Outro objetivo é atualizar e adequar as legislações do setor lácteo, a fim de garantir a qualidade dos produtos e a saúde pública, diminuindo custos de produção. O Mapa pretende intensificar o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal. O programa Leite Saudável também busca triplicar as exportações. Ainda visando ampliar índices de produtividade do rebanho leiteiro, o Ministério da Agricultura e o Sebrae selecionarão agricultores com potencial de adotar práticas de melhoramento genético, ampliando em 30% a 40% o uso de inseminação artificial.
“A iniciativa é extremamente positiva, pois dá ao pequeno produtor a capacidade de crescer, viabiliza a abertura de mercado e ainda trabalha a qualidade e a sanidade do produto. Através da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação do Rio Grande do Sul iremos trabalhar para potencializar essa ação, tendo em vista o papel econômico e social que o setor leiteiro presta ao desenvolvimento do Estado”, destaca o secretário da agricultura, pecuária e irrigação Ernani Polo.
A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Katia Abreu, ressaltou que hoje no Brasil o número de pessoas que vivem no campo e não conseguem chegar a classe média é grande e preocupante. “Apenas 12% dos brasileiros que vivem no meio rural estão na classe média. Enquanto isso temos 70% da população nas classes D e E. Com o programa, em dois anos, já veremos diferença na via dessas pessoas e na qualidade do leite brasileiro”, destaca a ministra. Estiveram presentes também na solenidade Iberê Orsi, secretário adjunto da Secretaria de Desenvolvimento Rural e Cooperativismo, Jorge Rodrigues, presidente da Comissão do Leite da Farsul e Darlan Palharini, secretário executivo do Sindilat/RS.
Fonte: Juliane Quaresma - Jornalista da Secretaria Estadual da Agricultura e Pecuária