Evento iniciou nesta segunda-feira e continua amanhã – Foto: Arnaldinho Souza
O secretário adjunto da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Aureo Mesquita, participou do “Dia de Campo”, na fazenda Librelotto, em Boa Vista das Missões. A integração pecuária-lavoura através da cultura do trigo de duplo propósito pautou as atividades. Produtores, autoridades, técnicos da Emater, da Embrapa e representantes da Universidade Federal de Santa Maria também estiveram presentes no evento.
De acordo com Áureo Mesquita, a atividade permite a troca de experiências sobre agricultura conservacionista por meio do sistema pecuária-lavoura, com rotação de culturas. Além de debater experiências de utilização anual da área com capacidade para agregar valor para produção.
“Queremos oportunizar o compartilhamento de tecnologias. Difundir informações e apresentar boas práticas podem dar início em um processo de desenvolvimento, principalmente para pequenas e médias propriedades que necessitam de alternativa para se tornar rentáveis durante o ano inteiro”, ressaltou Áureo, reiterando que o “Dia de Campo” já virou tradição no município e que apoia a inciativa de incluir a atividade no calendário oficial de eventos.
O secretário adjunto da Agricultura também salientou que a experiência da Fazenda Librelotto mostra que a utilização do trigo de duplo propósito pode trazer bons resultados ao produtor. O sistema viabiliza aumento de produtividade em outras culturas como soja, por exemplo, e também viabiliza alimentação animal no período de inverno, época mais difícil para engordar os rebanhos.
O agropecuarista, Ivonei Librelotto, ressaltou que adoção do sistema triplicou a colheita de grãos e quadruplicou a produção animal em sete anos de utilização do sistema. “A prática pecuária-lavoura cria oportunidade para produtor escolher qual será sua produção e em que época, dependendo do mercado que se apresenta. Além disso, viabiliza o uso sustentável de 90 % da propriedade, trabalhamos em uma área que era ociosa no inverno e que hoje passa a gerar renda”, Librelotto.
Conforme a Embrapa, o Rio Grande do Sul tem 3 milhões de hectares que podem ser utilizados durante o inverno. A ação, quando executada de forma planejada e integrando atividades já existentes, além dos ganhos em produtividade, estrutura melhor o solo para a próxima colheita.
Texto: Ricardo Lopes / Seapa